domingo, 29 de julho de 2012

Resenha/ Promoção – Profissões para mulheres e outros artigos feministas



Título: Profissões para mulheres e outros artigos feministas

Autor: Virginia Woolf

Editora: LPM

Ano: 2012

Páginas: 106


Resenha:

Para os leitores que acompanharam não faz muito tempo que publiquei uma série de postagens referentes à escritora inglesa Virginia Woolf e caso você ainda não tenha lido, confira Aqui. Desde então procuro sempre por informações a respeito dessa mulher a frente de sua época. Na última quinta-feira passei a tarde lendo um artigo publicado na revista Conhecimento Prático Literatura cujo título “O diálogo entre as artes em Virgínia Woolf” chamou-me muito a atenção. Das conclusões tiradas desse artigo fica o meu deslumbrado pela vida de Woolf. Lembro-me de ter rido quando descreveram o receio dela para com o que a sociedade acharia de Jacob (O Quarto de Jacob, 1922). Logo após a recepção positiva do romance, Virginia escreve: “As críticas agora são favoráveis e absolutamente contraditórias, como é costume. Agora sou perfeitamente capaz de escrever sem me preocupar com a impressão que posso causar; e por isto se vê que meu burburinho já passou. Mas no fim das contas estou perfeitamente satisfeita mais, acho eu, do que nunca.” Isso só demostra o quão poderia estar temerosa ao escrever um romance livre.

Para completar essa semana, ontem chegou uma encomenda  que havia feito do lançamento da editora LPM que traz uma edição de ensaios e resenhas de Woolf. Profissões para mulheres e outros artigos feministas é composto de sete textos da autora, onde ela defende e argumenta sobre a figura feminina em seus diversos segmentos. Usando Jane Austen, Charlote Brontë, George Eliot (Marian Evans, nome verdadeiro) entre outras escritoras e vezes a si mesmo, Virginia questiona o papel da mulher na sociedade e como esse vem sendo modificado, sacrificando a visão tradicional do “anjo de lar”, como ela mesmo define.

No primeiro ensaio do livro, Profissões para mulheres, Virginia nos conta de forma muito particular um pouco de sua vida como romancista e o ingressar nas resenhas, o que acredito ser da necessidade de muitos bloguerios lerem, já que trata de imparcialidade.

O texto é de leitura fácil e na edição encontramos um rodapé com as referências dos autores citados e também um cabeçalho com as datas e como sucederam as publicações desses ensaios.

Profissões para mulheres e outros artigos feministas nos mostra a importância que Virginia Woolf representa no estudo da literatura. Deixo a indicação àqueles que já conhecem o trabalho da autora e para quem ainda não leu nada é uma boa opção para serem apresentados ao universo dessa mulher.

“Uma das escritoras mais sutis, originais e a mais moderna entre os modernistas, Virginia Woolf já nasceu uma escritora.” The New York Times

Agora chega a melhor parte da postagem. Não poderia falar tanto assim do livro e não presenteá-los. Vou deixar logo abaixo uma promoção valendo um exemplar de “Profissões para mulheres e outros artigos feministas”.



Então, vamos participar?

As regras para o sorteio são as seguintes (e muito fáceis):

Seguir publicamente o blog pelo Google Friend Connect;

Seguir o meu Twitter, @RSMerces;

E twittar a frase:

Eu quero “Profissões para mulheres e outros artigos feministas” de Virginia Woolf que o @RSMerces está sorteando. http://kingo.to/19C1

O sorteio será realizado pelo Sortei.me.


A promoção vai até 01/09/2012.

É só isso e vocês já pode ser o sortudo a levar esses peculiares fragmentos de Virginia Woolf.

Quem quiser pode deixar seu comentário logo abaixo, pois esse será lido com muito entusiasmo.
Boa sorte

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Resenha - A minha versão da história


Um romance da nova geração de jovens.

Título Original: My side of the story
Autor: Will Davis
Editora: Rocco
Ano: 2008
Páginas: 222

Sinopse:
Jaz tem 16 anos, é gay e vive com a família em Londres. Ele está sempre brigando com a irmã, uma garota careta que ele apelidou de A Freira. O pai é um chef de cozinha totalmente sem brilho; a mãe, uma advogada histérica que vive dando ordens e reclamando de tudo. No colégio, ele só se dá bem com a desajeitada Al, com quem sempre troca torpedos pelo celular.

Resenha:
Jaz é um adolescente como outro qualquer que enfrenta suas dificuldades perante aos pais, à sociedade e a si próprio.  Com sua opção sexual, precisa  encarar o preconceito por parte dos garotos da escola e em casa. Contudo o autor criou um personagem muito diferente do que poderia ser proposto. Jaz se importa com isso, claro, mas faz de tudo para relevar a situação e continuar sua vida. Não fica trancado no quarto chorando em estado depressivo. Ele sai, apronta bastante e se diverte.

As constantes brigas de Jaz com os pais, principalmente com a mãe, acaba por levá-lo para sessões de terapia.  As sessões são uma boa dose de risadas para os leitores. Sua confidente diária é a amiga desajeitada Al (Uma futura sapatão, como ele mesmo a define).

Em suas primeiras experiências nada românticas descobre muito sobre si mesmo e os sentimentos dos que estão ao seu lado.

É inovador e muito diferente daquilo que acreditava ser possível para uma personagem na situação de Jaz. A narrativa é totalmente “descolada”, possibilitando gírias e abreviações, além do mais estamos falando de personagens jovens. A leitura para mim foi muito boa, pois até o momento só tinha presenciado personagens gays na literatura inglesa com Woolf e Forster (O quarto de Jacob e Maurice, respectivamente).

Três palavras para o livro: Divertido, animador, verdadeiro.

Deixo, claro, a indicação para todos os leitores.

Sobre Will Davis:

Will Daves nasceu em Londres, em 1980. Ganhador do Betty Trask Prize por A minha versão da história, é uma figura de destaque no cenário londrino de arte alternativa, realizando performances literárias em cafés, livrarias e galerias. Em 2002, lançou o CD Diary of a Mad Domestic Partner, que reúne músicas e histórias de humor negro.

Leia também as resenhas dos livros citados:



segunda-feira, 16 de julho de 2012

Resenha - 5º Cavaleiro


Título Original: 5th Horseman
Autor: James Patterson e Maxine Paetro
Tradução: Marcelo Mendes
Editora: Arqueiro
Ano: 2011
Páginas: 213


Passei o último domingo com quatro mulheres incrivelmente fortes e de personalidades extraordinárias. Para quem achava que elas não seriam capazes de colocar paz em uma cidade, apresento-lhes o Clube das Mulheres contra o Crime.


Sinopse:


No meio da madrugada, Jessica Falk acorda em desespero, sentindo uma forte dor no peito. Lembra que está internada e tenta pedir ajuda, mas a campainha de emergência escorrega de seus dedos. Ao olhar para o lado, percebe um vulto se movendo nas sombras. Estica o braço num pedido de socorro, porém sua visão fica turva e o ar se recusa a chegar a seus pulmões.
Com uma das melhores equipes de profissionais do país, o Hospital Municipal de São Francisco não sabe responder à incomoda pergunta levantada na manhã seguinte à morte de Jessica: como aquela jovem paciente pôde ter falecido se seu quadro era estável e em breve ela receberia alta?
A situação á ainda mais grave porque, nos últimos tempos, 20 pessoas internadas ali perderam a vida de maneira suspeita.
O caso vai parar na justiça, tendo a famosa advogada Maureen O’Mara como representante das famílias das vítimas. O processo contra o hospital acaba imobilizando São Francisco e despertando o interesse do Clube das Mulheres contra o Crime, grupo de quatro amigas que se dedicam a desvendar os mais instigantes casos da cidade.
Yuki Castellano – a mais nova integrante do Clube, que reúne a tenente Lindsay Boxer, Claire Washburn e Cindy Thomas – vive um drama pessoal: sua mãe está internada na UTI do centro médico e, ao que tudo indica, corre um sério risco, pois há suspeitas de que um maníaco à solta pelos corredores se acha no direito de decidir quem deve viver ou morrer.


Resenha:


Essa foi minha primeira leitura de Patterson e mesmo que conhecesse a série e os títulos anteriores ao 5º Cavaleiro não hesitei em começar por esse volume. A leitura é relativamente rápida e prazerosa, o leitor não tende a ficar preso dentro de um emaranhado de controvérsias muitas vezes presentes em livros policiais. O autor narra a vida de quatro mulheres que se unem contra o crime. Lindsay Boxer é tenente e convive constantemente com a violência na cidade, Claire Washburn é legista, Cindy Thomas jornalista e Yuki Castellano advogada. A vida pessoal de cada uma é retratada de forma leve, entretanto induz ao leitor a acreditar na personalidade forte e no poder que elas possuem.
Nesse volume da série, o Clube precisa desvendar as constantes mortes no Hospital Municipal. A mãe de Yuki é internada às pressas na UTI e o que seria um simples drama do dia-a-dia vira um tormento diante das acusações sobre o hospital. A instituição está sendo processada e as amigas Yuki e Cindy acompanham de perto o desenrolar do processo. Enquanto isso Lindsay investiga o assassinato de jovens que vem sendo encontradas em carros, vestidas com roupas de marcas e sob um aspecto a denotar uma obra de arte. Os assassinos são cuidadosos e as pistas restritas a meras suposições.
O que me chamou a atenção na narrativa é o fato de o autor explorar o máximo de suas personagens com situações inovadoras e vezes surpreendentes ao leitor. Não existe apenas um caso para ser solucionado, e sim, dois. Posso concordar que “As páginas viram sozinhas”.
Recomendo para todos os amantes de um bom romance policial e garanto que ao final da leitura já será um fã de carteirinha do Clube das Mulheres contra o Crime.

Boa leitura.

Sobre o autor:


Com mais de 200 milhões de livros vendidos em mais de 100 países, James Patterson é um dos maiores escritores do mundo. Recordista de presença na lista de mais vendidos do New York Times, é o autor das consagradas série Alex Cross e Clube das Mulheres contra o Crime.


Publicado originalmente no blog Poesia na Alma. Confira post Aqui.

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Resenha - Por isso a gente acabou


Título Original: Why we broke up

Autor: Daniel Handler

Ilustrações: Maira Kalman

Editora: Companhia das Letras

Ano: 2012



Sinopse:

Quem nunca teve o coração partido? Min Green, uma garota aficionada por filmes cujo sonho é ser diretora de cinema, está padecendo dessa dor. Depois de apenas algumas semanas de um relacionamento intenso com Ed Slaterton, que além de ser o menino do time de basquete da escola é um gato, está sozinha e cheia de lembranças amargas.
Para dar fim a esse sofrimento, ela decide entregar ao ex-namorado uma caixa repleta de objetos que de alguma maneira se tornaram significativos para o casal: ingressos  de cinema, uma máquina fotográfica, um elástico de cabelo, um caminhãozinho de brinquedo, um pacote de camisinha, “todo suvenir de amor que a gente tinha, os prêmios e os destroços dessa relação, que nem confete na sarjeta depois que o desfile passa, o tudo e o não sei que mais chutado para o meio-fio”, como ela mesma define.
Junto da caixa, Min deixa  uma carta em que fala sobre cada um desses objetos, o episódio que eles representaram na história dos dois, sempre acrescentando novas razões para o rompimento.

Resenha:

Com certeza o livro mais deprimente que li esse ano. Com uma narrativa romântica, divertida e vezes confusa, o livro poderia muito bem enquadrar um filme para a Sessão da Tarde.

O envolvimento da garota nada popular, Min Green, com o jogador de basquete “descolado” Ed Slaterton, faz com que a vida dos dois dê uma revirada. Inicialmente as diferenças dos dois parecem florescer sentimentos antes ocultos, entretanto o relacionamento acaba.

Totalmente decepcionada com Slaterton, Green lhe manda uma carta junto com todos os presentes que ele comprara durante o namoro e objetos que fizeram parte do relacionamento. Esse talvez seja o ponto no qual a narrativa acaba confundido o leitor. As palavras que são direcionadas ao ex e ao mesmo tempo narram a sequência dos acontecimentos enquanto estavam juntos.

O livro é transformado com as ilustrações de Maira Kalman para cada objeto devolvido pela protagonista. A diagramação, então, foi muito bem projetada e torna em parte a narrativa mais elaborada.

Para todos que já tiveram seus corações partidos com certeza vai se identificar com o sofrimento e as decisões de Min Green.
Boa leitura

Um pouco sobre os autores:

Sob o pseudônimo de Lemony Snicket, DANIEL HANDLER publicou Raiz-forte e a coleção Desventuras em série, pela Cia. Das Letras, e os livros Lemony Snicket: autobiografia não autorizada e O pedacinho de carvão pela Companhia das Letrinhas.
No ensino médio, levou pelo menos três pés na bunda.

MAIRA KALMAN é autora e ilustradora de livros para crianças e adultos. Tem duas colunas online no jornal The New York Times e uma coluna ilustrada baseada em suas viagens por museus e bibliotecas na revista The New Yorker, para a qual também já ilustrou diversas capas.
No ensino médio, teve o coração partido por um garoto que parecia o Bob Dylan e, pouco tempo depois, por outro que era a cara do Leonard Cohen.

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Resenha - Exclusivo


Título Original: Exclusive
Autor: Fern Michaels
Tradução: Nancy de Pieri Mielle
Editora: Lafonte
Ano: 2011
Páginas: 23


Sinopse:


Com o objetivo de ficar perto de sua filha, Abby, Toots decide se mudar da Carolina do sul para Los Angeles. Como sempre, com a ajuda das suas fiéis amigas – Sophie, Mavis e Ida –, Toots compra uma mansão onde espera receber muitas e muitas celebridades. No entanto, o que Toots jamais previu foi a possibilidade de se encontrar com alguns espíritos de celebridades. Além desse fato incomum, ela e suas amigas Sophie e Mavis estão preocupadas como novo romance de Ida e o prestigiado Dr. Sameer, pois a motivação do médico parece ter algo a ver com seu desanimador saldo bancário.
Para complicar ainda mais, o plano da filha em transformar a revista The Informer na melhor publicação da cidade poderá comprometer não apenas sua própria carreira... Mas também suas madrinhas não seriam “suas madrinhas” se não estivessem mexendo alguns pauzinhos nos bastidores para manter acesa a chama da esperança de Abby de conduzir a revista ao topo na escalada do sucesso.
A ajuda, contudo, viria de uma fonte que ninguém jamais imaginaria, ou veria, mas que garantiria uma história capaz de abalar a Capital do Cinema até seus mais profundos alicerces...

Resenha:


O que quatro mulheres seriam capazes de fazer na Capital do Cinema?


Em primeiro lugar devo salientar que o texto surpreendeu-me muitos quanto à forma de condução da autora para as suas personagens. A leitura é como passar as férias com quatro mulheres de meia idade, solteironas e que como humanas que são, brigam constantemente e se amam como parentes próximos. Achei que seria um típico romance de banca, porém o que se encontra em Exclusivo é à força de uma amizade e como esta pode mover barreiras e transformar a vida de que a vive.
Toots é uma mãe como outra qualquer que conhecemos, movida pelo desejo de ficar perto da filha e que compra uma casa de praia em Los Angeles. Ela convida as amigas para morarem com ela e acredito que possa imaginar o que quatro mulheres são capazes de fazer. A casa é assombrada por um espírito e Toots recorre aos conselhos de Sophie que prepara uma sessão para se comunicarem com o além.
O tema dos espíritos não é tratado somente como algo sobrenatural e muito menos com morte violentas, ao estilo de livros de horror. Você encontrará romances, intrigas, até mesmo investigação policial e muito mistério.
Sempre usando referências cinematográficas a autora cria uma história capaz de te fazer rir com personagens digamos “hilárias”. Com certeza você vai se identificar com uma dessas mulheres.
O livro é o segundo volume de uma série, mas como comecei a ler por ele não tenho muito a relatar sobre o primeiro volume.

Sobre a autora:


Fern Michaels é autora best-seller do USA Today e do New York Times. Ela já escreveu dezenas de romances, todos eles sucesso de vendas, com um total de mais de 70 milhões de exemplares impressos em todo o mundo. Fern é uma protetora ativa de animais, tendo inclusive idealizado coletes à prova de balas para serem usados pelos cães da polícia de todo os Estados Unidos. Ela mora na Carolina do Sul com quatro cães. Uma curiosidade a seu respeito é queela afirma que sua casa é habitada por uma fantasma chamada Mary Margaret, bastante amigável, e cuja presença foi testemunhada também por ex-moradores.
Para saber mais sobre a autora, acesse o site: http://www.fernmichaels.com/

Publicado originalmente no blog Poesia na Alma. Confira Aqui.

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Resenha - Os doze Mandamentos


Título Original: The Twelve Commandments
Autor: Sidney Sheldon
Tradução: A.B. Pinheiro de Lemos
Editora: Record
Ano: 2011
Páginas: 248

Sinopse:

Moisés desceu na montanha com duas tábuas de pedra nas quais estavam escritos os Des Mandamentos da lei de Deus, conta a História sagrada. Mas o escritor Sidney Sheldon viaja ao passado para revelar um segredo: na verdade, são doze mandamentos.
E, em vez da punição aplicada a quem não cumpre essas leis, os personagens de Sheldon recebem grandes recompensas, tornando-se ricos, famosos e felizes. Um padre transgride duas regras. Um homem azarado infringe o quarto mandamento e enriquece. E um religioso mata sua sogra.


Resenha:

Para quem tem acompanhado aqui no blog, venho postando resenhas dos livros que comprei em um box com três obras de Sidney Sheldon. Bom, como disse anteriormente as obras não havia me agradado tanto por serem dedicadas ao público infanto-juvenil. Entretanto quando cheguei no exemplar de Os Doze Mandamentos li como um faminto por livros. É um livro espetacular no que diz respeito à sátira empregada por Sheldon para mostrar como nós, seres humanos, encaramos os ensinamentos empregados na Bíblia.
Ele cria um universo de personagens que encontram a felicidade desprendendo-se das regras impostas. Além de mais nada o autor, no meu ponto de vista, mostrar a submissão nossa diante desses mandamentos e como a liberdade pode ser o melhor remédio para uma vida feliz.
Os vários personagens e suas narrativas dão ao ar da graça para o livro. Entre todas as histórias, o leitor vai encontrar fatos engraçados que são recorrentes na vida real.
Esse eu recomendo para todo mundo. E não venha me dizer que nunca pensou em quebrar um mandamento, depois.