sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Resenha - O Mundo Secreto de Johnny Depp


Título Original: The Secret World of Johnny Depp - Autor: Nigel Goodall - Tradução: Vera Caputo - Editora: Prumo - Ano: 2012 - Páginas: 309.

A resenha de hoje não é de mérito meu e tenho que dizer que foi recorrente o pedido para que a leitora do livro viesse ela mesma escrever suas considerações. Bom, no dia das mães presentei minha mãe com uma biografia do Johnny Depp intitulada “O Mundo Secreto de Johnny Depp”. Ela é simplesmente muito fã dos trabalhos do ator e estava curiosa para conhecer um pouco mais da vida dele por trás das câmeras.

Depois de uma longa jornada de leitura ela me passou suas anotações sobre o livro e estas me remetem a resenha. (Não que eu não tenha insistido para ela escrever, só para frizar).

Jonnhy Depp é um dos maiores astros de Hollywood e uma das personalidades mais idolatradas do cinema. Desde Edward Mãos de Tesoura - cujo papel-título o lançou ao estrelato em 1990 - até as aclamadas interpretações do capitão Jack Sparrow, na série Piratas do Caribe, e o Chapeleiro Maluco, em Alice no País das Maravilhas, de Tim Burton, seu estilo excêntrico e ótima aparência lhe renderam milhões de fãs em todo o mundo.
Nesta biografia, Nigel Goodall traça o percurso do ator em direção à fama, da atuação na série de televisão Anjos da Lei aos papéis fantásticos que consolidaram seu lugar no alto escalão de Hollywood. Colecionando indicação e prêmios ao longo da carreira, Johnny Depp certamente já gravou sua própria na história do cinema.

O livro é um tanto extenso e o autor não se focou na vida somente de Depp e também descreve os acontecimentos dos que os rodeiam em determinados trabalhos. Assim, minha mãe julgou de extrema importância, pois a narrativa tende a abranger a visão do leitor em referência ao ator. Os relacionamentos de Depp, por exemplo, são bem trabalhos em ambas as partes mesmo após as separações.

A linha cronológica do livro segue os trabalhos do ator na TV e no cinema com notas e referências de prêmios e indicações. E também possui um caderno com fotografias.

O que esperar de biografias, não é mesmo? Eu não gosto muito e só vejo dois caminhos para quem lê, ou você nunca mais quer ouvir falar do astro (seja lá o que estiver lendo) ou acaba por aumentar sua admiração.

Depp foi depois franco em suas revelações e para minha mãe sua imagem se mostra bastante humana após  a leitura do livro, que não se importa somente com o que a fama pode lhe proporcionar.

Com tudo isso foram cinco estrelas e uma recomendação para todos os fãs do ator.
Boa leitura.

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

[Especial Séries] - The Body Finder


Olá leitores,

Sendo bem sincero com todos vocês não passei que um dia realizaria essa coluna por alternar muito minha leitura e não focar somente em uma série de livros. Bom, comprei os dois primeiros volumes de The Body Finder publicados no Brasil pela editora Intrínseca e os devorei em menos de cinco dias. Sendo assim poderei estrear essa coluna aqui no blog. Espero que gostem.

Deixemos os anjos caídos e os vampiros sedentos por sangue de lado para entrarmos no mundo sobrenatural dos mortos. Eles chamam por ela, imploram sua misericórdia e esperam que os encontre.


Violet Ambrose tem dois problemas: o dom mórbido e secreto que carrega desde a infância e Jay Heaton, seu melhor amigo, por quem está apaixonada. Aos dezesseis anos e confusa com os novos sentimentos em relação a Jay, ela está cada vez mais desconfortável com a estranha habilidade. Violet encontra cadáveres. Desde muito pequena, percebe os ecos que os mortos deixam neste mundo. Ruídos, cores, cheiros. Mas não todos: apenas os das vítimas  de assassinato.
Para ela, isso nunca foi um grande foi um grande talento. Na maioria das vezes, tudo o que encontrava eram pássaros mortos, deixados para trás pelo gato da família. Mas quando um serial killer começa a aterrorizar a pequena cidade onde mora e os ecos das garotas mortas a perseguem dia e noite, Violet se dá conta de que talvez seja a única pessoa capaz de detê-lo. Em pouco tempo ela estará no rastro do assassino. E ele, no dela.

Violet tinha tudo para ser uma garota normal dos filmes da Sessão da Tarde apaixonada pelo melhor amigo e cheia de dúvidas da idade se não fosse por poder sentir os mortos. Diferente dos diversos livros que lemos onde o dom sobrenatural é descoberto durante a história, Kimberly Derting já nos traz uma personagem convicta dessa sua característica, contudo ainda sim receosa. Primeiro volume da série, Ecos da Morte [Intrínseca, 2011, 272p.] é um thriller eletrizante. A cidadezinha de Buckley se vê totalmente a mercê de um serial Killer que vem matando e enterrando garotas. Logo, Violet sente as mortes e acaba por virar alvo para o assassino.

Uma corrida implacável contra a morte que me lembrou muito os livros de Harlan Coben. A narrativa de Derting é rápida sem muito enrola enrola.

A autora apresenta dois estilos para um único livro, romance policial e sobrenatural, para mim pelo menos é impossível não gostar. Esses são dois estilos que estão sempre na minha lista de leitura. Além de tudo isso, tenho que considerar que talvez a atenção dada aos sentimentos de Violet para com o amigo torne um pouco obsoleto o principal objetivo da narrativa.


Violet Ambrose tem o dom secreto de perceber os mortos. Não todos: só as vítimas de assassinato. Ela identifica sinais, ecos que a conduzem até os corpos desaparecidos e, consequentemente, até seus algozes. Poucos sabem dessa sua habilidade, mas a descoberta de um cadáver pode chamar a atenção de muita gente – inclusive o FBI.
Enquanto tentava manter seu segredo, Violet involuntariamente torna-se objeto de uma perigosa obsessão. Seu primeiro impulso, como sempre, seria pedir ajuda ao melhor amigo, Jay – porém, agora que os dois são um casal, as coisas não funcionam mais assim. Ele passa cada vez mais tempo com o novo colega, Mike, e Violet tem oportunidade de sobra para pensar e repensar sobre o que, afinal, está fazendo seu namoro dar errado. É então que ela se dedica a investigar a vida do recém-chegado Mike, e na trágica história familiar do garoto Violet se depara com uma verdade capaz de colocar todos eles em extremo perigo.

O segundo volume da série, Desejos dos Mortos [Intrínseca, 2012, 288p.] me chamou a atenção por conseguir trazer uma história nova. Acreditei que fosse ficar na mesma.

Violet está encurralada entre uma agente misteriosa do FBI, Sara Priest, e a recentes ameaças que vem recebendo. Uma gata morta deixada ao lado de seu carro e um bilhete. Ela estará sozinha nessa, o namoro abalado e o forte receio em declarar seus segredos ocultos a alguém.

O livro é tanto quanto parado, sem muitas cenas de ação, perseguição ou algo do tipo. Encaramos agora é o constante medo de Violet. Achei que para a série a autora fez muito bem em nos apresentar esse lado da personagem e não somente focar no namoro dela com Jay, certa de que isso também influencie e muito na vida de Violet.

Um final surpreendente e capaz de te fazer devorar logo o livro. Estou na espera pelo próximo livro da série. The Body Finder já possui quatro volumes entre eles, The Last Echo, Dead Silence (com data de lançamento para Abril de 2013 no EUA), ainda sem datas para chegar ao Brasil. Para maiores informações vou deixar o site da autora logo abaixo.



Em geral, gostei bastante da série, talvez até mais do que poderia imaginar. Cinco estrelinhas. A leitura é bem rápida e para quem gosta de romance, adrenalina e uma boa dose de mortes fica a recomendação.

Sobre a autora:
Kimberly Derting vive em Washington, nos Estados Unidos, com marido e os três filhos. Ecos da morte é   seu primeiro livro. Saiba mais sobre ela Aqui.
Boa leitura

domingo, 19 de agosto de 2012

Generalizar nem sempre é o caminho


by imagem_badneko

Vamos bater um papo sobre gênero. Às vezes é comum, mundo afora, encontrar pessoas com um hábito, bizarro, de na hora da leitura não conferi o gênero que debruça sob os olhos. Cada gênero textual tem uma finalidade discursiva. Uma intenção ao ser proferido! Caso o leitor não respeite tempo, espaço e corpo físico do texto a leitura poderá ser comprometida.
Vamos para um exemplo clássico: a leitura que você faz de sua mãe (para quem tem mãe) possivelmente não será a mesma leitura que você fará de seu vizinho. Como assim? Ora, pressupõe-se que você ama a sua mãe e que o sentimento que você nutre pelo vizinho não é o mesmo amor. Até pode amá-lo, mas será que é como ama sua mãe? Você mora e/ou morou com a sua mãe, mas não com o vizinho... Se você brigar com a sua mãe, existe uma possibilidade muito grande de vocês voltarem a trocar amores, mas se brigar com o vizinho as possibilidades são bem menores. Viu que não é a mesma coisa?
E não é diferente com os gêneros textuais. Não dá pra ler uma crônica como se estivesse lendo um romance. Ou uma poesia como se estivesse lendo uma novela. Como assim?
‘Uma rosa é uma rosa é uma rosa.’

Quando alguém escreve uma carta, por mais que não tenha data ou assinatura, ela não deixa de ser uma carta. E você não vai ler essa carta como quem ler uma poesia ou uma bula de remédio. Um texto publicitário não é lido como um bilhete para o namorado. Ou você vai dar um beijo apaixonado no dono das Casas Bahia? Por que se dessa forma for feito podemos generalizar erroneamente. E jamais chegar ao ápice discursivo daquele texto.
Quer ver outro exemplo patético: é quando o leitor acredita que o filme deve ser fidedigno ao livro. Ele não se sensibiliza com o fato de serem artes diferentes! Oh, My God! E se usarem uma música para uma publicidade, esse gênero não vai deixar de ser um gênero publicitário. Uma propaganda me vê como produto do capitalismo. Já a poesia ou o romance, não. O livro cientifico não tem a menor intenção de informar como um cordel, portanto as normas da ABNT devem ser respeitadas e compreendidas.

Alguns blogs literários têm cometido alguns pecados ao acreditar que possuem o ‘Dom extremo’ ao direito de generalizar a arte. São tão cruéis e insensíveis nas resenhas ou artigos literários que, decididamente, quase vomito!
Li uns textos de ‘X’ blogueiro que arrasava o cantor e compositor Oswaldo Montenegro. Ele não é forçado a gostar de Oswaldo, mas se for pra fazer análise que seja com o mínimo de bom senso. Veja o contexto histórico, a ideologia do autor, as palavras empregadas e a razão.  Ou então, se retenha a total escuridão e diga apenas: Eu não gosto! Outra dica é pesquisar sobre o que se está lendo, já que deseja dizer coisas negativas.
Na moral, alguns blogueiros e/ou fazem um papel tão ridículo que dá pano pra manga! É motivo pra piadas. Certa vez um camarada analisou uma poesia como se estivesse lendo um livro universitário. Decididamente, não dá pra generalizar os gêneros.
Eis que esta é a
Lilian Farias
@liligarota

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Resenha - A visita cruel do tempo


Presente/Passado

Título Original: A Visit From the Goon Squad – Autora: Jennifer Egan – Tradução: Fernanda Abreu – Editora: Intrínseca – Ano: 2011 – Páginas: 336.

Hoje escrevo sobre a minha melhor experiência literária do ano. Espero que gostem.

Sinopse:

Bennie Salazar é um executivo da indústria musical. Ex-integrante de uma banda de punk rock, ele foi o responsável pela descoberta e pelo sucesso dos Conduits, cujo guitarrista, Bosco, era um cara com tanta energia no palco que fazia Iggy Pop parecer tranquilo. Jules Jones é um repórter de celebridades preso por atacar uma atriz durante uma entrevista e vê na última turnê de Bosco a oportunidade de reerguer a própria carreia. Jules é irmão de Stephanie, casada com Bennie, que teve como mentor Lou, um produtor musical viciado em cocaína. Sasha é a assistente cleptomaníaca de Bennie, e seu passado desregrado e seu futuro estruturado parecem tão desconexos quanto as tramas dos muitos personagens que compõem esta intricada e envolvente história.

Resenha:

Estou enrolando para escrever essa resenha a alguns dias. O livro foi para mim uma das melhores experiências do ano. Se estivesse na FLIP deste ano com certeza madrugaria na porta do hotel de Egan por um autógrafo, claro se fosse preciso.

Das diversas resenhas que eu li sobre o livro, poucas conseguiram passar a intensidade da narrativa da autora e temo também não alcançar a faceta. Então, vamos lá.

É inovador, brilhante, verdadeiro, inteligente, humano...

A visita cruel do tempo traz personagens reais, capazes de tocar nossos sentimentos. Assim não preciso dizer quanto à construção deles. As trajetórias destes estão diretamente ligada à música e como esse mercado influenciam suas vidas nas melhores e nas piores experiências.

Esses personagens são nos apresentados separadamente para no desenrolar da história estarem constantemente se relacionando entre passado e futuro.

Da década de 70 a um futuro próximo a autora descreve os efeitos da tecnologia sobre o ser humano e em uma entrevista cedida enquanto estava no Brasil, ela disse se preocupar bastante em relação a isso. O livro enfoca bastante o assunto até mesmo na diagramação em determinado momento a descrever o relacionamento da jovem Alison Blake com a família.

Virão, é impossível escrever o tão grandioso é esse livro e o que enumerei aqui é pouco sobre sua importância para geração literária atual.

Minha avaliação final é cinco e quanto á minha recomendação: TODOS DEVERIAM LER.

Prêmios:

Vencedor do Pulitzer de Ficção 2011
Vencedor do National Book Critics Circle Award
Vencedor do Los Angeles Times Book Prize
Vencedor do Tournament of Books

Sobre a autora:

Jennifer Egan nasceu em Chicago e cresceu em São Francisco. Autora do best-seller The Keep, publicou trabalhos em revistas como New Yorker, Harper´s Magazine, Granta e GQ. Por seus artigos de não ficção escritos para a The New York Times Magazine recebeu diversos prêmios jornalísticos. Vencedora do Galaxy National Book Awards 2011 na categoria Autora Internacional do Ano, Egan foi eleita uma das 100 pessoas mais influentes do ano de 2011 pela revista Time. A autora vive no Brooklyn com marido e os filhos.
Boa leitura.

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Resenha - O coração dos heróis


Aonde termina o orgulho dos grandes

Título Original: Rasom – Autor: David Malouf – Tradução: Paulo Polzonoff – Editora: LeYa – Ano: 2011 – Páginas: 254.

Livros que trazem em suas narrativas histórias de guerras são os meus favoritos, ainda mais quando este engloba um evento grandioso e merecedor da nossa atenção. Hoje, então, escrevo sobre o livro O coração dos heróis que me surpreendeu nos últimos dias.

Sinopse:

A batalha entre gregos e troianos não termina em chamas. Há sofrimento, tristeza no coração dos guerreiros...

Quando todos acreditavam que as chamas que engoliam Troia eram o pior a se esperar, eis que Aquiles, possuído pelo desejo de vingar a morte de seu tão estimulado Pátroclo, mata Heitor e arrasta seu corpo durante onze dias em sua carruagem, perto das muralhas da cidade. Nenhum grego – ou troiano – ousa impedir o feito, a não ser o pai de Heitor, Príamo, rei de Troia que precisa se despir de seu orgulho e grandeza e se dirigir ao território inimigo a fim de resgatar o corpo do filho.

Resenha:

Uma confissão bem rápida, já tentei ler o livro A Guerra de Troia do autor Lindsay Clarke, todavia a narrativa acabou por me desestimular. Para tratar dos acontecimentos de uma guerra, os autores em suas maiorias enumeram milhões de fatos anteriores ao evento. Claro, é essencial criar um campo de compreendimento ao leitor, porém estes acabam construindo uma narrativa pesada, massiva.

O coração dos heróis é uma viagem rápida, sem descrições prolongadas e tomando como foco as personagens e seus conflitos sentimentais. É isso mesmo, o livro fala dos sentimentos humanos em uma guerra, do ódio de Aquiles ao orgulho de Príamo e como esses sentimentos podem mudar em simples atitudes.

Há única referência em minhas considerações sobre o livro foi a História estudada na escola e cujo me lembro necessitar assistir o filme para um trabalho e a própria franquia cinematográfica dirigida por Wolfgang Petersen. Com isso, devo dizer que é surpreendente ler o livro de Malouf e deparar como essa visão inovadora do mito da guerra de Troia.

Minha nota final para o livro é 5 estrelas. Os personagens são bem definidos dentro de uma trama fácil de ser lida. Recomendo a todos que gostem do estilo.

Sobre o autor:

David Malouf vive na Austrália e é autor dos best-sellers Remembering Babylon, An Imaginary Life e The Conversations at Curlow Creek. Já recebeu inúmeros prêmios, entre eles o Australia-Asia Literary Award, o Internacional IMPAC Dublin Literary Award, o Prix Femina Étranger e o Los Angeles Times Book Award. O coração dos heróis também se tornou um best-seller nos Estados Unidos e na Inglaterra.
Boa leitura.

sábado, 4 de agosto de 2012

Resenha - Cinquenta tons de cinza


Puta merda!

Título Original: Fifty Shades of Grey
Autora: E L James
Tradução: Adalgisa Campos da Silva
Editora: Intrínseca
Ano: 2012
Páginas: 480

É muito difícil decidir por onde começar a falar a respeito do livro, pois muito já foi dito pela mídia em diversos veículos. O sucesso que levou Cinquenta tons de cinza para a lista de best-seller mundial, talvez seja do conhecimento dos antenados em literatura. Para quem ainda não ouviu falar sobre o livro, um breve resumo:

Fifty Shades of Grey é sucesso em vendas entre as donas de casa estrangeiras, chegando a ser apelidado de "Mommy Porn". A narrativa é total e completamente erótica. O livro, para a surpresa de muita gente, bateu recordes consideráveis. As cópias ultrapassam 15 milhões, os direitos foram vendidos para a o cinema em um total de 5 milhões de dólares que será adaptado pelos mesmo produtores de A Rede Social e ainda relatam leilões disputadíssimos para as traduções.

Aqui no Brasil a editora Intrínseca reservou o direito da trilogia, já com datas marcadas para os lançamentos e pré-venda nas livrarias online.

Não vou ficar enrolando como essa conversa que vocês já conhecem do livro e vou logo falar da minha visão. Não antes de uma rápida sinopse:

Quando a estudante de literatura Anastasia Steele entrevista o jovem bilionário Christian Grey, descobre nele um homem atraente, brilhante e profundamente dominador. Ingênua e inocente, Ana se surpreende ao perceber que o deseja e que, a despeito da enigmática reserva de Grey, está desesperadamente atraída por ele. Incapaz de resistir à beleza discreta, à timidez e ao espírito independente de Ana, Christian admite que também a deseja – mas em seus próprios termos.

Chocada e ao mesmo tempo seduzida pelas estranhas preferências de Grey, Ana hesita. Por trás da fachada de sucesso – os negócios multinacionais, a vasta fortuna, a amada família – ele é um homem atormentado por demônios do passado e consumido pela necessidade de controle. Ao embarcar num apaixonado e sensual caso de amor, Ana não só descobre mais sobre seus próprios desejos, como também sobre os segredos obscuros que Grey tenta manter escondidos.

Resenha:

Logo de cara preciso expressar o quanto a narrativa me deixou desconfortável. As cenas de sexo duram dois ou mais capítulos e são desenvolvidas sob uma visão muito detalhista, até aí tudo bem, porém quando achei que alguns pontos importantes da vida da protagonista fosse ser desenvolvido a autora simplesmente encera. Ninguém vive somente de sexo e para a nossa construção da personagem fica um vazio. Claro que não posso deixar de mencionar a forte convicção com que são criados, sendo possível facilmente identificar quem é quem dentro de um diálogo. Sendo mais claro, refiro-me ao fato de ocultar as relações da protagonista com a mãe, o padrasto e o mundo sem Christian Grey.

Com certeza não é o melhor livro do mundo e a explicação mais óbvia para o estrondoso sucesso pode ser a atração humana por sua sexualidade. E se você é um desses interessados no assunto o livro fica super indicado, como disse anteriormente as cenas de sexo duram 10, 20 folhas.

Há muitas referências de Crepúsculo em Cinquenta tons de cinza, visto que este surgiu de uma fanfiction escrita pela autora para a série de Meyer. Esse é um ponto marcante, porém a narrativa de James toma seus próprios rumos.

Por fim, antes da minha conclusão considero o livro muito verdadeiro e fiel ao público para o qual foi escrito.

Então? Quatro estrelas é minha avaliação final, simplesmente pelo dito acima. Enquanto milhares de romances fantásticos tomam conta do imaginário humano precisamos de obras que transcrevam um ser humano normal em suas aflições, desejos e receios.

Sobre a autora:


E L James é ex-executiva de TV e mora em Londres. Casada e com dois filhos, desde pequena sonhava em escrever histórias pelas quais os leitores se apaixonassem, mas adiou esse sonho para se concentrar na família e na carreira. quando finalmente arranjou coragem para escrever, pôs no papel seu primeiro romance, Cinquenta tons de cinza. Na sequência, publicou os outros dois livros da série, Cinquenta tons mais escuros e Cinquenta tons de liberdade, completando a trilogia que se tornou o maior fenômeno editorial dos últimos anos.

Leiam e tirem suas próprias conclusões.

Bom, sucesso que é sucesso merece suas sátira e Cinquenta tons de cinza já ganhou diversas na Internet. Confira comercial que a Amazon fez para os dias das mães.


Boa leitura