segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

TOP - Melhores e Piores leituras de 2012

Hoje escrevo sobre minhas leituras de 2012, o melhor e o pior deste ano que não celebrou o fim do mundo e foi o mais produtivo para mim na leitura.

Somam 57 livros lidos, então, devo dizer que dá para ter uma boa noção de bom e ruim e mesmo que quisesse fazer um TOP 10 para cada um, não foi possível. Alguns títulos de maneira nenhuma poderia entrar em uma lista e ser excluído da outra, então nem serão citados.

Vamos começar com o que de melhor eu li este ano?

TOP 7 – Melhores leituras de 2012


#7A Fúria dos Reis, George R. R. Martin

Segundo volume da aclamada série “As crônicas de gelo e fogo”, não me surpreendeu tanto quanto o primeiro, entretanto Martin mostra novamente suas habilidades em manter o leitor vidrado em seus personagens.

Um cometa da cor do sangue e fogo atravessa o céu. E a partir da cidade antiga de Dragonstone às margens proibidas de Winterfell, reina o caos. Seis nações lutam pelo controle de uma terra dividida e pelo Trono de Ferro dos Sete Reinos, preparando-se para o embate através de tumulto, confusão e guerra. É um conto em que irmãos conspiram contra irmão e os mortos se levantam no meio da noite. Neste lugar uma princesa se disfarça como um garoto órfão, um cavaleiro espiritual prepara um veneno para uma feiticeira traidora, e homens selvagens descem das Montanhas da Lua para devastar o campo de batalha. Com um pano de fundo incesto, alquimia e assassinato, a vitória pode chegar aos homens e mulheres possuidores do aço mais frio… e corações mais gelados. Quando há um confronto entre reis, toda a terra treme.

Nas diversas conversas com fãs da série o terceiro volume, “A Tormenta de Espadas”, é citado como o melhor. Infelizmente o tempo foi curto e não tive oportunidade de lê-lo.

#6A Culpa é das Estrelas, John Green

Uma das leituras mais agradáveis do ano.

Em A Culpa é das Estrelas, Hazel é uma paciente terminal de 16 anos que tem câncer desde os 13. Ainda que, por um milagre da medicina, seu tumor tenha encolhido bastante — o que lhe dá a promessa de viver mais alguns anos —, o último capítulo de sua história foi escrito no momento do diagnóstico. Mas em todo bom enredo há uma reviravolta, e a de Hazel se chama Augustus Waters, um garoto bonito que certo dia aparece no Grupo de Apoio a Crianças com Câncer. Juntos, os dois vão preencher o pequeno infinito das páginas em branco de suas vidas.









#5O Nome do Vento, Patrick Rothfuss

Primeiro volume de “A Crônica do Matador do Rei”, o livro segue sob um ritmo lento, porém seus leitores vão logo se cativar com a personagem principal e sobre mistério ao seu redor: Um herói? Um vilão?

Ninguém sabe ao certo quem é o herói ou o vilão desse fascinante universo criado por Patrick Rothfuss. Na realidade, essas duas figuras se concentram em Kote, um homem enigmático que se esconde sob a identidade de proprietário da hospedaria Marco do Percurso.
Da infância numa trupe de artistas itinerantes, passando pelos anos vividos numa cidade hostil e pelo esforço para ingressar na escola de magia, O nome do vento acompanha a trajetória de Kote e as duas forças que movem sua vida: o desejo de aprender o mistério por trás da arte de nomear as coisas e a necessidade de reunir informações sobre o Chandriano - os lendários demônios que assassinaram sua família no passado.
Quando esses seres do mal reaparecem na cidade, um cronista suspeita de que o misterioso Kote seja o personagem principal de diversas histórias que rondam a região e decide aproximar-se dele para descobrir a verdade.
Pouco a pouco, a história de Kote vai sendo revelada, assim como sua multifacetada personalidade - notório mago, esmerado ladrão, amante viril, herói salvador, músico magistral, assassino infame.
Nesta provocante narrativa, o leitor é transportado para um mundo fantástico, repleto de mitos e seres fabulosos, heróis e vilões, ladrões e trovadores, amor e ódio, paixão e vingança.

Outra vez, diversos leitores da série já falaram comigo que o segundo volume é ainda melhor, esse talvez entre para a lista do ano que vem.

#4A Metamorfose, Franz Kafka

Esse foi meu primeiro contato com a obra de Kafka e o li especialmente para o I Encontro de Leitores de Literatura Fantástica de Congonhas. É uma obra que independente de sua data de publicação tem uma forte presença na sociedade atual, com uma crítica social forte.

A Metamorfose é a mais célebre novela de Franz Kafka e uma das mais importantes de toda a história da literatura. O texto coloca o leitor diante de um caixeiro-viajante - o famoso Gregor Samsa - transformado em inseto monstruoso. A partir daí, a história é narrada com um realismo inesperado que associa o inverossímil e o senso de humor ao que é trágico, grotesco e cruel na condição humana - tudo no estilo transparente e perfeito desse mestre inconfundível da ficção universal.

Uma leitura mais do que recomendada.








#3O Quarto de Jacob, Virginia Woolf

Outra vez primeiras experiências, agora com a escritora inglesa Virginia Woolf. A indicação para a obra “O Quarto de Jacob” estava no prefácio de “Maurice” de E.M.Forster escrito por Ronald Polito.

Li este ano ainda o livro “Profissões para mulheres e outros artigos feministas” que reuni alguns de seus ensaios e resenhas e posso dizer que sou um admirador convicto e entre minhas metas para 2013 está a leitura de pelo menos uns cinco livros da autora, quem sabe mais.

Uma obra libertadora.

O Quarto de Jacob é o livro que marca a passagem de Virgínia Woolf da literatura tradicional para o universo do experimentalismo, com o qual acabaria deixando sua revolucionária marca literária. Jacob Flanders é o personagem central de uma história, que não se revela e nem se conclui. Nesta obra, não é a ação que conduz a narrativa, mas os tormentos, as dúvidas, as ambições, e os amores por pessoas e livros, que ditam o rumo dos acontecimentos. A seqüência dos eventos é apresentada da mesma forma aparentemente desconexa que rege a mente humana. Traduzido pela consagrada autora Lya Luft, a obra se mantém repleta de nuances.


#2Trilogia Jogos Vorazes, Suzanne Collins

Não podemos negar que este foi o ano das distopias. O gênero literário ganhou diversas publicações em língua portuguesa e alguns anúncios para adaptações cinematográficas. Distopia não é novidade, porém vem alcançando um maior número de leitores principalmente do público juvenil.
Meu segundo lugar, então, fica com uma das séries de maior sucesso, “Jogos Vorazes”. Não a coloco aqui só pelo número de leitores, mas por ser um das únicas leituras a me surpreender. Não conseguia largar esses livros enquanto lia e sempre queria mais.
Nesse caso especifico não me dei ao luxo de escolher somente um para entrar na lista, seria um trabalho ainda mais difícil e cruel.

Após o fim da América do Norte, uma nova nação chamada Panem surge. Formada por doze distritos, é comandada com mão de ferro pela Capital. Uma das formas com que demonstram seu poder sobre o resto do carente país é com Jogos Vorazes, uma competição anual transmitida ao vivo pela televisão, em que um garoto e uma garota de doze a dezoito anos de cada distrito são selecionados e obrigados a lutar até a morte! Para evitar que sua irmã seja a mais nova vítima do programa, Katniss se oferece para participar em seu lugar. Vinda do empobrecido distrito 12, ela sabe como sobreviver em um ambiente hostil. Peeta, um garoto que ajudou sua família no passado, também foi selecionado. Caso vença, terá fama e fortuna. Se perder, morre. Mas para ganhar a competição, será preciso muito mais do que habilidade. Até onde Katniss estará disposta a ir para ser vitoriosa nos Jogos Vorazes?

#1A Visita Cruel do Tempo, Jennifer Egan

Egan escreve com personalidade um provável futuro para a humanidade seguindo pela ascensão da tecnologia e como esta pode mudar o ser humano. Com diversas histórias paralelas, “A visita cruel do tempo” é inovador, pronto a nos fazer refletir sobre nossas ações, porém em momento nenhum nos dita lições de auto-ajuda.

Minha melhor leitura de 2012 e o pouco que escrevo sobre esse livro não será capaz de descrever a grandiosidade dessa história.

Bennie Salazar é um executivo da indústria musical. Ex-integrante de uma banda de punk, ele foi o responsável pela descoberta e pelo sucesso dos Conduits, cujo guitarrista, Bosco, fazia com que Iggy Pop parecesse tranquilo no palco. Jules Jones é um repórter de celebridades preso por atacar uma atriz durante uma entrevista e vê na última — e suicida — turnê de Bosco a oportunidade de reerguer a própria carreira. Jules é irmão de Stephanie, casada com Bennie, que teve como mentor Lou, um produtor musical viciado em cocaína e em garotinhas. Sasha é a assistente cleptomaníaca de Bennie, e seu passado desregrado e seu futuro estruturado parecem tão desconexos quanto as tramas dos muitos personagens que compõem esta história sobre música, sobrevivência e a suscetibilidade humana sob as garras do tempo.

O livro ganhou o Pulitzer e Egan visitou o Brasil na FLIP.

Essas foram minhas melhores leituras. Espero que tenham gostado e podem deixar seus comentários lá embaixo.

Agora vamos para as piores e derradeiras leituras de 2012.


TOP 5 - Piores leituras de 2012

#5Assassin’s Creed - Renascença, Oliver Bowden

Além dos romances distópicos, diversos livros adaptados dos games foram lançados e estão programados para serem lançados. “Assassin’s Creed – Renascença” foi meu primeiro contato com esse universo e infelizmente detestei a leitura a ponto de terminá-lo por obrigação mesmo.

Traído pelas famílias que governam as cidades-estado italianas, um jovem embarca em uma jornada épica em busca de vingança. Para erradicar a corrupção e restaurar a honra de sua família, ele irá aprender a Arte dos Assassinos. Ao longo do caminho, Ezio terá de contar com a sabedoria de grandes mentores, como Leonardo da Vinci e Nicolau Maquiavel, sabendo que sua sobrevivência depende inteiramente de sua perícia e habilidade. Para os seus aliados, ele será uma força para trazer a mudança lutando pela liberdade e pela justiça. Para os seus inimigos, ele será uma ameaça que procura destruir os tiranos que oprimem o povo da Itália. Assim começa uma épica história de poder, vingança e conspiração.

O que mais me incomodou foi a presença de Leonardo Da Vinci na narrativa de ficção como um ajudante na vingança da personagem principal.

Ainda leirei os outros volumes para quem sabe comprovar uma melhora.



#4 – Por isso a gente acabou, Daniel Handler

Uma personagem dramática que precisa repetir a cada página “e por isso a gente acabou”, o que me tirou do sério em quase toda a leitura. A diagramação é perfeita, porém incapaz de equilibrar a derradeira narrativa.

Por isso a gente acabou trata, com a comicidade típica do autor, de uma situação difícil pela qual todos um dia irão passar: o fim de uma relação amorosa e toda a angústia, tristeza e incerteza que essa vivência pode gerar. Min Green e Ed Slarteron estudam na mesma escola e, depois de apenas algumas semanas de convívio intenso e apaixonado, acabam o namoro. Depois de sofrer muito, Min resolve, como marco da ruptura definitiva, entregar ao garoto uma caixa repleta de objetos significativos para o casal junto com uma carta falando sobre cada um desses objetos e do episódio que ele representou, sempre acrescentando, ao final, uma nova razão para o rompimento. Essa carta é o texto de Por isso a gente acabou, que é, assim, carregado de um tom informal e tragicômico - características da personagem - e traduz com um misto de simplicidade e profundidade a história de uma separação. Imerso neste universo adolescente, o leitor conhecerá a divertida personalidade de Min, uma garota apaixonada por filmes cujo sonho é ser diretora de cinema, e as idas e vindas deste romance, desde o dia em que os dois conversaram pela primeira vez até o instante em que tudo acabou. A artista Maira Kalman, autora de diversas capas da revista The New Yorker, ilustrou cada um dos objetos da narrativa, trazendo cor e descontração a esta história dolorida.

#3 – A garota da capa vermelha, Sarah Blakley-Cartwright 

Aqui temos o inverso, o livro foi baseado no filme. Achei que podia ter um bom resultado e a autora faz um trabalho ainda pior. Se você viu o filme, não precisa perder tempo com o livro.
E para melhorar a situação do leitor a editora não colocou o final na edição impressa e o disponibiliza na internet. Para falar a verdade nem tive curiosidade de abrir o site.

O corpo de uma garota é descoberto em um campo de trigo. Em sua carne mutilada, marcas de garras. O Lobo havia quebrado a paz. Quando Valerie descobre que sua irmã foi assassinada pela lendária criatura, ela acaba mergulhando de forma irreversível em um grande mistério que vem amaldiçoando sua aldeia por gerações. A revelação vem com Father Solomon: o Lobo habita entre eles — o que torna qualquer pessoa do vilarejo suspeita. Estaria Peter, sua paixão secreta desde a infância, envolvido nos ataques? Ou seria Henry, seu noivo, o Lobisomem que assola as redondezas? Ou, talvez, alguém mais próximo? Enquanto todos estão à caça da besta, Valerie recorre à Avó em busca de ajuda; ela dá à neta uma capa vermelha feita à mão e a orienta através da rede de mentiras, intrigas e decepções que vem controlando o vilarejo por muito tempo. Descobrirá Valerie o culpado por trás do lobo antes que toda a aldeia seja exterminada? A Garota da Capa Vermelha é uma nova e arrepiante versão do clássico conto. Nela, o final feliz poderá ser difícil de ser encontrado.

#2Ahmnat – Os amores da Morte, Julien De Lucca

Este ano tentei ler o máximo que pude de literatura nacional, principalmente de pequenas editoras e de novos autores. Ahmnat é um livro extremamente chato, com uma narrativa que não se decide e você lê quase 400 páginas e pode descartar metade delas.
Bom, o autor promete um segundo volume.

O que pode acontecer quando Morte e Destino brincam com o sentimento mais perigoso? Ahmnat é uma garota egípcia que, após uma vida cheia de turbulências, tristezas e mágoas, assume o cargo de Morte e passa a viver entre este mundo e o além-vida. Porém ela não está sozinha. Logo conhece Destino, responsável por escrever as vidas mortais, que fica surpreso e abismado ao vê-la no lugar de poderosa entidade. Destino propõe, então, um sádico jogo a Ahmnat: criará dez vidas mortais, humanos bem especiais, para tentar fazê-la se apaixonar por eles. Se Ahmnat se apaixonar por qualquer um, ela volta para a Terra como mortal novamente, dando a oportunidade de Destino reescrever sua vida. Caso contrário, será Destino quem se tornará mortal, permitindo que Morte venha buscá-lo pessoalmente.




#1 – A Promessa, Richard Paul Evans

Romance “água com açúcar” que agradeço muito por sua leitura ter durado somente um dia. Não vou nem falar muita coisa, é a história de sempre: Traição, separação, novo amor e uma baita confusão do autor.

Ela havia perdido todas as esperanças e encontrou um homem que cumpre suas promessas... Beth Cardall tem um segredo. Durante dezoito anos, ela não teve escolha senão guardá-lo para si, mas, na véspera do Natal de 2008, tudo isso está prestes a mudar. Para Beth, 1989 foi um ano marcado pela tragédia. Sua vida estava desmoronando: sua filha de seis anos, Charlotte, sofria de uma doença misteriosa; seu casamento transformou-se de uma relação aparentemente feliz e carinhosa em algo repleto de traição e sofrimento; seu trabalho estava por um fio e ela perdera totalmente a capacidade para confiar, ter esperanças e acreditar em si mesma. Até que, um dia extremamente frio, após atravessar uma nevasca até a loja de conveniência mais próxima, Beth encontra Matthew, um homem misterioso e encantador, que mudaria de uma só vez o curso de sua vida.


É isso aí, pessoal, deixem seus comentários e suas opiniões. 

Até mais.

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Compre Aqui - Química de Nós, Afonso Celso Henriques


Sinopse: 

“Química de Nós” é uma coletânea composta de 27 poemas escritos por Afonso Celso Henriques. Com um lirismo, ao mesmo tempo visceral e saudosista, o poeta relembra sua infância povoada de imagens afetivas e religiosidade nas cidades de Capela Nova e Congonhas. A temática do Amor é presença fundamental no livro, sobretudo nas duas partes finais da obra: “Alma em Deserto” e “Química de Nós”. Perpassa a obra as figuras da poetisa Florbela Espanca e da escultora Camille Claudel, que representam influência artística para o autor. O livro “Química de Nós” tem 78 páginas e foi editado pela Lesma Editores com prefácio de Wagner Vieira, projeto gráfico de Osmir Camilo e diagramação de Marco Aurélio Lopes Correia. “Química de Nós” foi lançado oficialmente em Congonhas no dia 25 de abril dentro da programação do Abril Poético, mas outros lançamentos estão previstos, nas cidades de Conselheiro Lafaiete e Capela Nova, terra natal do autor.

Para adquirir um exemplar é só entrar em contato pelo e-mail:
renansouzamerces@rocketmail.com

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Dica de Leitura - Dragões de Éter - Caçadores de Bruxas


Para os amantes de uma boa fantasia, Dragões de Éter é uma série de leitura indispensável. Li, recentemente o primeiro volume “Caçadores de Bruxas” e entre minhas opiniões achei simplesmente brilhante.

Nova Ether é um mundo protegido por poderosos avatares em forma de fadas-amazonas. Um dia, porém, cansadas das falhas dos seres racionais, algumas delas se voltam contra as antigas raças. E assim nasce a Era Antiga.

Confira:


Essa influência e esse temor sobre a humanidade só têm fim quando Primo Branford, o filho de um moleiro, reúne o que são hoje os heróis mais conhecidos do mundo e lidera a histórica e violenta Caçada de Bruxas.
Primo Branford é hoje o Rei de Arzallum, e por 20 anos saboreia, satisfeito, a paz. Nos últimos anos, entretanto, coisas estranhas começam a acontecer...
Uma menina vê a própria avó ser devorada por um lobo marcado com magia negra. Dois irmãos comem estilhaços de vidro como se fossem passas silvestres e bebem água barrenta como se fossem suco, envolvidos pela magia escura de uma antiga bruxa canibal. O navio do mercenário mais sanguinário do mundo, o mesmo que acreditavam já estar morto e esquecido, retorna dos mares com um obscuro e ainda pior sucessor. E duas sociedades criminosas entram em guerra, dando início a uma intriga que irá mexer em profundos e tristes mistérios da família real.
E mudará o mundo.

Esta nova edição da editora LeYa, traz algumas novidades como o prefácio de Pascoal Soto e um conto de Draccon.

Leia a opinião dos leitores:

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Autor da Semana - Raphael Draccon


E o Autor da Semana é...

Raphael Draccon...

Confira resenha de Espíritos de Gelo: Aqui. 

Draccon é romancista e roteirista premiado pela American Screenwriter Association. Dragões de Éter nasceu inspirado nas sombrias histórias de fantasia que marcaram sua infância, como a lendária Caverna do Dragão. Atualmente, trabalha com produtores nacionais e estrangeiros no desenvolvimento de roteiros cinematográficos e em universo de suas séries literárias.

Entre os autores nacionais de sucesso na literatura fantástica, Draccon traz uma linguagem leve em um universo inédito, conquistando milhares de fãs no Brasil. O livro recentemente ganhou uma edição em Portugal.

Para mais informações sobre o autor, confira:


sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Resenha - Selvagens


Vai se foder...

Título Original: Savages - Autor: Don Winslow - Tradução: Alexandre Martins - Editora: Intrínseca - Ano: 2012 - Páginas: 285. 

Estreia deste mês nos cinemas brasileiros, Selvagens é uma adaptação do livro de Don Winslow, considerado o melhor livro do ano por três jornais americanos. A editora Intrínseca não tardou a publicar a tradução da obra que chegou às livrarias em Setembro.

Ben, Chon e Ophelia são jovens amigos de vinte e poucos anos vivendo o sonho e as loucuras da Califórnia. Juntos, os três fizeram uma pequena fortuna cultivando e vencendo uma variedade especial de maconha, uma droga tão potente que desperta o interesse do perigoso Cartel de Baja, no México. Quando Ben e Chon se recusam a abrir mão de seu lucrativo negócio, os integrantes do cartel sequestram O., dando início a uma alucinante montanha-russa de reviravoltas e negociações.

Com uma narrativa leve e assustadoramente verdadeira, Winslow nos traz uma perfeita descrição das relações humanas atuais. Ele nos apresenta diversos personagens capazes de transformar a cada página essa montanha-russa.

No relacionamento dos protagonistas, Ben é o mais centrado, que pensa antes de executar suas ações, denominado como o “Sr. Chega dessa Merda” e Chon é o selvagem que a todo momento está pronto para matar, o “Sr. Vai se Foder”. Entre essas duas personagens temos a figura feminina de O., aparentemente frágil e que se mostra incrivelmente forte.

A linguagem é bem atual com abreviações e gírias, usando às vezes dos artifícios da diagramação para descrever as diversas situações das personagens.

... atirar nos filhos da puta.
Ele sabe (sempre reflexivo) que há algo mais.
Talvez esteja apenas doente e cansado, mas também está
doente
e
cansado
de aparentemente tudo nos últimos tempos. Ele sente
tédio
depressão
à deriva na sua vida. Sem propósito, talvez porque
... cava um poço no Sudão e os janjaweed mesmo assim aparecem e atiram nas pessoas.”

Trecho retirado da página 56.

É um livro inusitado e o leitor será incapaz de largar.

O autor, Don Winslow é ex-detetive particular, consultor e autor aclamado de outros doze romances, entre eles The Dawn Patrol, The Winter of Frankie Machine, The Power of the Dog, California Fire and Life e The Death and Life of Bobby Z. Winslow mora no sul da Califórnia. 
Acredito que em breve teremos mais obras dele publicadas por aqui.

Enfim, minha avaliação final foi em 4 estrelas com uma indicação para os leitores de todos os gêneros. Selvagens é contemporâneo, inovador, “provocador, sexy, sombrio e cativante”.

Confira o trailer do filme:


quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Dica de Leitura - Amante Sombrio, J.R.Ward


Para quem acompanhou o post de terça-feira leu um pouco sobre a escritora americana J.R.Ward e acredito que todos por aí já conheçam a sua série de sucesso “Irmandade da Adaga Negra”. Li o primeiro volume da série, entretanto não escrevi resenha e hoje deixarei aqui para aqueles que ainda não tiveram contato nenhum com as obras uma breve sinopse do primeiro volume, “Amante Sombrio”:

Nas sombras da noite, em Caldwell – Nova Iorque – desenrola-se uma sórdida e cruel guerra, entre vampiros e seus carrascos. Há uma irmandade secreta, sem igual, formada por seis vampiros defensores de sua raça. Ainda assim, nenhum deles deseja a aniquilação de seus inimigos mais que Wrath, o líder da Irmandade da Adaga Negra.
Wrath é o vampiro de raça mais pura dentre os que povoam a terra e possui uma dívida pendente com os assassinos de seus pais. Ao perder um de seus mais fiéis guerreiros, que deixou órfã uma jovem mestiça, ignorante de sua herança e destino, não lhe resta outra saída senão levar a bela garota para o mundo dos não mortos.
Traída pela debilidade de seu corpo, Beth Randall se vê impotente em tentar resistir aos avanços desse desconhecido, incrivelmente atraente, que visita todas as noites envolto em sombras. As histórias dele sobre a Irmandade a aterrorizam e fascinam. Seu simples toque faísca, um fogo que pode acabar consumindo a ambos.

Para os fãs do gênero é um livro totalmente novo com situações e personagens inusitados em comparação com outras sagas de vampiros. Nas resenhas dos volumes seguintes lidas em outros blogs, percebi que Ward não deixa a desejar, criando um universo a cada capítulo mais sombrio para os irmãos da Irmandade.

O livro é uma publicação da editora Universo dos Livros com tradução de Jaqueline Valpassos.

Leia as opiniões dos leitores: 

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Autor da Semana - J.R.Ward


Está quase completando um ano que comecei a escrever nessa página e sempre quis trazer postagens novas diariamente e como o tempo é curto torna-se impossível atualizar o blog. Provas de vestibulares chegando por aí e sabem muito bem o quanto se faz necessário leituras técnicas e por isso pensei em criar essa coluna juntamente com outra que vai estar disponível toda a quinta-feira.

O Autor da Semana tem em seu objetivo trazer novidades nacionais e internacionais assim como nomes consagrados da literatura em textos biográficos curtos e dicas de suas obras.

Espero que curtam.

Para começar escrevo para vocês sobre uma das autoras mais queridas da atualidade com milhões de fãs espalhados pelo mundo. Sua série de vampiros está entre os mais vendidos do New York Times...

Estou falando, é claro, de J.R.Ward.

Ward vive no sul dos Estados Unidos com o marido incrivelmente solidário e seu amado golden retriever. Depois de se formar em Direito, começou sua vida profissional na área da saúde, em Boston, e passou muitos anos como chefe de gabinete de um dos mais importantes centros médicos acadêmicos do país. Para ela, escrever sempre foi uma paixão, e sua ideia de paraíso é passar um dia inteiro diante do computador, só com seu cão e uma caneca de café.

É autora da série de vampiros “Irmandade da Adaga Negra”.

Mais informações sobre a autora e seus títulos publicados: 

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Resenha - A Metamorfose


Título Original: Die Verwandlung – Autor: Franz Kafka – Tradução: Calvin Carruthers – Editora: Nova Cultural – Ano: 2002 – Páginas:110.

“Certa manhã, depois de despertar de sonhos conturbados, Gregor Samsa encontrou-se em sua cama metamorfoseado num inseto monstruoso. Estava deitado de costas sobre a própria couraça, e ao erguer um pouco a cabeça enxergou seu ventre marrom, acentuadamente abaulado, com profundas saliências arqueadas, sobre o qual o cobertor, quase escorregando, estava prestes a cair. Suas muitas pernas, terrivelmente finas em comparação à largura do corpo, agitavam-se desamparadas diante de seus olhos.”
Trecho retirado da pág. 7

“A Metamorfose” de Kafka é um livro de leitura fácil e sua narrativa é devorada em poucos minutos.  Com fortes críticas à sociedade, nos faz refletir sobre os valores que nos sustentam prestativos em um mundo capitalista. Em um primeiro momento o quis interpretar como uma distopia, porém a realidade dos personagens não habita em um futuro disfuncional e sem esperanças e está mais para o absurdo.

O início dá-se exatamente como no trecho citado acima, Samsa acorda transformado em uma imensa barata, incapaz de praticar sua rotina. Sustento da família, pai, mãe e irmã, precisam enfrentar a realidade e controlar as finanças. O isolamento total do protagonista em seu quarto denota a importância mórbida do ser humano em valorizar o que lhe traz benefícios. Quando Samsa não pode mais exercer suas funções trabalhistas é esquecido como um inútil.

A narrativa segue o psicológico de Gregor em suas reações para com a família e muito além da ficção descreve o trabalhador atual que teme as crises, a falta de emprego e o peso de sustentar uma família.

Escrita em 1912 dois anos antes do início da Primeira Guerra Mundial, a obra ainda continua sendo atual. Trata da existência humana e da solidão diante da Modernidade.

Cinco estrelas. Hoje não deixo uma indicação, acredito que todos precisam folhear essa obra, sem exceção.

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

O Tempo, O Vento e a História por Cris Aragão


O Tempo e o Vento - 4 volumes



- O Continente
- O Retrato
- O Arquipélago I
- O Arquipélago II

"Era uma noite fria de lua cheia. As estrelas cintilavam sobre a cidade de Santa Fé, que de tão quieta e deserta parecia um cemitério abandonado. Era tanto o silêncio e tão leve o ar, que se alguém aguçasse o ouvido talvez pudesse até escutar o serno na solidão."

Assim começa a narrativa que conta a saga da família Terra, pequenos estancieiros do Rio Grande do Sul, até se transformar numa das famílias mais influentes da cidade de Santa Fé, a família Terra Cambará. Ao mesmo tempo temos a história do próprio estado sulista, desde Os Sete Povos das Missões, aldeamentos fundados pelos Padres Jesuitas e localizados em área originalmente pertencente à Coroa Espanhola até a época do Estado Novo; passando pela Guerra do Paraguai, pela Revolução Farroupilha e pela influência dos imigrantes europeus na região.

As figuras femininas são particurlarmente fortes nessa trajetória. Ana Terra, Bibiana e Maria Valéria cuidam da casa e das crianças, mantendo a família em segurança enquanto os homens fazem a guerra e se envolvem em disputas políticas, afinal trata-se de uma região de fronteira e com o país ainda em formação.

Érico Veríssimo é um autor sóbrio com um estilo narrativo fluente e agradável, ele constrói uma histórica lírica e heróica. Em meio a batalhas e entreveros, disputas políticas, idealismo, paixões, encontros e desencontros, traça um painel da história da Região Sul do Brasil, com seus hábitos e sua cultura própria.
 
"'Sempre que me acontece alguma coisa importante está ventando' - costumava dizer Ana Terra. Mas entre todos os dias ventosos de sua vida, um lhe ficara para sempre na memória, pois o que sucedera nele tivera força de mudar-lhe a sorte por completo. (...) Ana Terra era capaz de jurar que aquilo acontecera na primavera, porque o vento andava bem doido, empurrando grandes nuvens brancas no céu, os pessegueiros estavam floridos e as árvores que o inverno desira, se enchiam outra vez de brotos verdes."

Essa é uma das minhas passagens preferidas do livro e ao longo de toda a narrativa o vento é citado, pontuando os momentos mais significativos e importantes da narrativa.

Érico Veríssimo não glorifica os comportamentos tipicamente associados ao gaúcho, tais como o machismo exacerbado, é antes de tudo um crítico dessa identidade mas abraça o ideal gauchesco do destemor e da luta pela liberdade. 

Autoria de Cris Aragão.

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Resenha - A Guerra dos Tronos HQ


Título Original: A Game of Thrones: The Graphic Novel: Volume 1 – Tradução: Bruno Dorigatti e Guilherme Costa – Editora: Barba Negra – Ano: 2012.



A aclamada Saga “As Crônicas de Gelo e Fogo” do autor George R. R. Martin já foi adaptada para a televisão pela HBO e agora chega no formato de Graphic Novel, um quadrinho de luxo, como diria o próprio autor. Isso aqui no Brasil, onde a edição reuni os seis primeiros volumes públicos nos Estados Unidos.

Nessa adaptação temos um prefácio de Martin que desenvolve um pouco da sua visão sobre esse novo segmento de sua saga. Ele nos fala dos quadrinhos e ainda relata suas experiências de leitura quando criança. Percebemos o quão grandioso se tornou Westeros e como é uma missão quase impossível levar esse mundo a outras mídias.

Para quem já leu a obra percebe de fato os diversos cortes que os adaptadores precisaram fazer para obter esse resultado. A Guerra dos Tronos é um livro extenso, com milhares de personagens e situações adversas em um mundo impecavelmente criado.

A magia da Graphic Novel está nas imagens e nos movimentos que o ilustrador Tommy Patterson foi capaz de criar nos personagens. Uma parte que foi capaz de me arrancar suspiros foi o tombo de Bran da torre do castelo.

Os personagens ganham características originais, totalmente distintas da série de televisão. Isso, digo quanto à fisionomia, pois o caráter continua o mesmo. Se você já leu o romance com certeza vai se surpreender novamente com a força dessa história.

Por fim, a edição ainda possui um Making Of com comentários da editora da série, Anne Groel, o ilustrador Tommy Patterson e o roteirista Daniel Abraham. Acompanhamos aqui como foi o processo criativo.

Aos fãs da saga fica mais do que recomendado e para quem ainda não leu os romances é um bom começo. Depois da leitura vai correr para desvendar os mistérios de Westeros. Cinco Estrelas.

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Nova Colunista


Esse é um grande momento para o blog, apresentar aos leitores uma nova colunista. Tenho certeza de teremos um novo olhar sobre a literatura em postagens brilhantes pelo material que recebi antecipadamente.

Conheçam então a nossa nova colunista: Maria Cristina Azevedo Aragão

"Conversando com o Renan pelo Twitter outro dia, ele me perguntou se eu já pensei em escrever sobre livros. E eu sem nem pensar muito disse sim, uma resposta direta, curta e não inteiramente verdadeira, não intencionalmente, é claro. Eu sou basicamente uma leitora, sempre fui. Aprendi a ler ao cinco anos e desde então eu leio todos os livros que me caem nas mãos. Dificilmente eu abandono uma leitura, quando o livro não bate bem com o meu momento, eu simplesmente o deixo de lado por algum tempo e depois volto a ele. E se mesmo assim não achar tão legal assim eu sempre tento terminar de ler, confesso que às vezes pulo algumas passagens, mas vou até o fim; sempre.

Eu tenho literalmente centenas de livros, e li muitos mais, alguns eram emprestados de amigos ou bibliotecas, outros eu li e depois me desfiz, dei ou troquei. Me arrependo de ter dado alguns livros que gostaria de ainda ter comigo, tal como um livrinho que foi a minha primeira leitura, contava a história de dois gatinhos (Pompom e Mimi, sim eu me lembro até hoje).
Sim, eu amo livros e agora estou pensando em escrever sobre eles, material eu sei que não falta, a grande questão é: Será que eu consigo?"

Agradeço muito por ter aceitado o convite e te desejo boa sorte com seus escritos.

Para quem quiser conhecer um pouquinho mais de Cristina – Ainda não disse como prefere ser chamada –, vou deixar o link de suas redes sociais logo abaixo:


domingo, 30 de setembro de 2012

Resenha - Divergente


Título Original: Divergent – Autor: Veronica Roth – Tradução: Lucas Peterson – Editora: Rocco – Ano: 2012 – Páginas: 504

Divergente chega num momento que vemos um grande número de títulos de distopias sendo publicados em todo mundo. Depois da aclamada série Jogos Vorazes de Suzanne Collins e Feios de Scott Westerfeld parece que o estilo tem chamado a atenção dos leitores. Recentemente li numa revista literária uma reportagem que dava destaque para a distopia:

“As distopias – ou antiutopias –, mas do que nos mostrarem um futuro disfuncional ou totalitário parecem querer nos dizer que os caminhos do ultramente correto e do perfeitamente encaixável na sociedade moderna são o que pavimentam a estrada para terror em um futuro assustadoramente perfeito.” De Janaina M. Cerutti

Em uma Chicago do futuro os seres humanos são organizados por cinco facções, Abnegação, Amizade, Audácia, Franqueza e Erudição, cada qual com suas características.

“Na mesa da Abnegação, permanecemos sentados em silêncio enquanto esperamos. Os costumes das facções ditam até como devemos nos comportar nos momentos de inatividade e estão acima das preferências individuais. Duvido de que todos da Erudição queiram estar sempre estudando, ou que todo membro da Franqueza aprecie um debate acalorado, mas, como eu, eles não podem desafiar as normas de suas facções.” 
Trecho retirado da página 15.

Aos dezesseis anos todo mundo passa por testes que vão determinar para qual facção tem maiores aptidões na hora da escolha. Beatrice, a nossa protagonista, possui resultados inconclusivos no teste. O que chamam de Divergente. Ela fica dividida entre permanecer na facção da família, a Abnegação, ou abandoná-los.

Roth nos apresenta um futuro cruel, sem muitas esperanças, desigualdades sociais e um retrato dos efeitos tecnológicos no ser humano. Na minha opinião, faz uma forte critica as classes sociais que hoje acabam por determinar o quanto uma pessoa é importante para uma sociedade.

O livro é narrado em primeira pessoal, com a voz feminina de Beatrice, incrivelmente forte, determinada e corajosa. Este é o ponto em perdemos alguns detalhes da trama e de como a sociedade foi parar naquela situação. Talvez a autora explore mais de seu futuro nos próximos livros da trilogia.

Minha nota final ainda foi quatro, somente por esse detalhe da falta de alguns “detalhes” importantes. Contudo o livro é muito bom, de uma leitura rápida e capaz de arrebatar-nos para questionamentos sobre como poderá ser nosso futuro daqui por diante.

Deixo uma recomendação para quem, como eu, já se apaixonou pelas distopias e não consegue mais deixar de buscar por um livro do sucesso editorial atual.